“Novos inquilinos da Guiné-Bissau” querem jornalismo “pé de microfone”
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A Ordem dos Jornalistas da Guiné-Bissau condena o ataque à rádio Capital FM, em Bissau, e sublinha que há “uma nova narrativa” em construção no país que visa amedrontar jornalistas. Para António Nhaga, o assalto à rádio assumidamente crítica ao regime vigente no país mostra que os “novos inquilinos da Guiné-Bissau” querem um jornalismo “pé de microfone”.
As instalações e os equipamentos de emissão da rádio Capital FM, em Bissau, foram vandalizados na madrugada de domingo.
De acordo com um dos jornalistas da emissora, o assalto aconteceu à 1h00 da manhã, hora local, quando à avenida da Nigéria, no bairro Militar, subúrbios de Bissau uma viatura de dupla cabine de cor branca, sem matrícula, parou diante do imóvel e de lá desceram "homens armados e fardados".
Cabo dos emissores cortados, computadores destruídos, microfone silenciados.
A sociedade guineense condena o ataque e há já em curso uma campanha de solidariedade internacional para a mobilização de fundos e materiais para que a rádio volte a emitir.
António Nhaga, bastonário da Ordem dos Jornalistas da Guiné-Bissau condena o ataque e sublinha que há “uma nova narrativa” em construção no país que visa amedrontar jornalistas. A ordem pede uma investigação ao sucedido e exige a responsabilização dos autores do ataque.
Para o bastonário o assalto à rádio Capital FM, assumidamente crítica ao regime vigente no país mostra que os “novos inquilinos da Guiné-Bissau” querem um jornalismo “pé de microfone”.